O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) defendeu nesta quarta-feira, 23, a aprovação da Medida Provisória que eleva de 20% para 25% a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para bancos. A decisão do Senado vale até o final de 2021 e ainda depende da Câmara dos Deputados.
“É preciso reequilibrar imposto sobre patrimônio e renda, como já acontece em países desenvolvidos”, afirma Romanelli, que se posiciona a favor da carga tributária mais elevada para os mais ricos. “Nenhuma política tributária será justa se não taxar os mais ricos”, observa.
A lógica da política tributária brasileira, diz Romanelli, penaliza quem ganha menos. “A maior parte dos impostos incide sobre produtos e serviços”, explica o parlamentar. “Assim o Estado arrecada mais daqueles que têm menor renda”, completa ele.
SISTEMA FINANCEIRO – A MP que passou no Senado também eleva a CSLL para cooperativas, empresas de seguros, de capitalização, corretoras de câmbio e administradoras de cartões de crédito. Nestes segmentos a taxa passa de 15% para 20% até o final do ano.
“É uma decisão que poderia ter seu tempo ampliado. Senão nestes patamares, mas com uma alíquota que seja adequada aos enormes ganhos que o setor financeiro brasileira registra anualmente”, aponta o deputado.