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Cafeicultoras do Norte Pioneiro são exemplo ao Paraná, diz Romanelli

A Assembleia Legislativa homenageou nesta terça-feira, 21, a Associação das Mulheres do Café do Norte Pioneiro do Paraná (Amucafe). A entidade, que reúne 250 cafeicultoras de 11 cidades da região, recebeu uma menção honrosa em razão do incentivo à participação feminina na produção de cafés e cafés especiais.

A indicação do reconhecimento foi iniciativa da deputada Cristina Silvestri (Pode) e do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), que representa a região no legislativo. A homenagem foi entregue para Claudinira Inocêncio de Souza, presidente da associação, Elienci Monteiro Machado e Taís Cristina Machado Vidal, que também integram a direção da organização.

Segundo Romanelli, a associação está contribuindo para mudar a realidade do Norte Pioneiro. “Estas cafeicultoras são um exemplo para o Paraná. Elas conseguiram fazer coisas fantásticas”, afirmou o deputado. Segundo ele, uma das conquistas foi vencer a barreira do associativismo. “Nossa colonização foi por paulistas e mineiros, que são individualistas. Elas venceram este obstáculo”, explicou.

Nova realidade

Para o deputado, que representa diversos municípios do Norte Pioneiro, a atuação da Amucafe é um fato extraordinário não só pela qualidade dos cafés especiais, mas porque fortalece tanto a cafeicultura quanto toda a produção rural da região. “Um orgulho para nós reconhecer e mostrar todo este trabalho. É uma valorização da atuação das mulheres da agricultura familiar”, destacou.

Romanelli ressaltou ainda que a região, com apoio de órgãos como o IDR-Pr (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e das universidades estaduais, está deixando de ser o ramal da fome do Paraná. “Há um grande investimento em conhecimento e isto está ajudando a mudar a realidade do Norte Pioneiro”, disse o deputado.

Histórico

A deputada Cristina Silvestri fez um relato da atuação da Amucafe, que foi criada em 2013 e desde então recebe suporte técnico e social do IDR-Pr, que na época era o Instituto Emater. A parlamentar relatou que os extensionistas identificaram que as mulheres tinham mais aptidão para a cultura do café especial e atualmente são 80 cafeicultoras envolvidas nesta cultura.

Ela lembrou que em 2015 três mulheres foram campeãs do concurso estadual de produção de cafés especiais. “Desde 2015 as mulheres sempre estão entre os cinco melhores produtores de cafés especiais do Paraná”, informou a deputada, que sustentou ainda que o produto tem valor três vezes maior que a saca comum do produto.

“Estas mulheres mostram o que é possível quando se sonha junto”, afirmou Cristina Silvestre. A parlamentar destaca que a produção de cafés especiais do Norte Pioneiro chega a mercados como do Japão, Chile, Estados Unidos, Austrália e Europa. “Todo produto é rastreado e leva o nome do produtor e da localidade onde foi colhido”, explicou a deputada.

Sustento

A presidente da Amucafe falou em nome da instituição e fez um agradecimento aos deputados pelo reconhecimento do trabalho feito pelas mulheres na cafeicultura. “É um momento especial nas nossas vidas”, disse ela, agradecendo o carinho e respeito do Parlamento com a agricultura familiar.

Nira, como é conhecida, cantou uma canção criada em homenagem às mulheres cafeicultoras. A letra ressalta a importância feminina no sustento de propriedades da agricultura familiar e diz que a união das cafeicultoras faz delas “protagonistas de uma revolução silenciosa do Norte Pioneiro”.

A agricultora enalteceu a parceria com o IDR e, assim como Romanelli e Cristina Silvestre, reconheceu o trabalho realizado pela coordenadora do Projeto Mulheres do Café, Cíntia Mara Lopes de Souza, extensionista do instituto. A servidora e o técnico Wellis Clayton Brunelli Marques estavam presentes à solenidade em homenagem a Amucafe.