Comunidade japonesa faz parte da história do Norte Pioneiro, diz Romanelli

Há 113 anos, os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil, a bordo do navio Kasato Maru, quando desembarcaram em Santos. Mais de 700 agricultores se espalharam pelo país, para colonizar terras e iniciar uma nova vida. O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) lembra que nesta sexta-feira, 18, quando se comemoram os 113 anos da imigração japonesa para o Brasil, o Norte Pioneiro relembra a importância da comunidade japonesa na região.

“Os imigrantes japoneses foram responsáveis pelo desenvolvimento de muitas cidades do Norte Pioneiro, com destaque para Carlópolis, Cambará, Bandeirantes, Cornélio Procópio, Uraí e Assaí, dentre outras. Ainda hoje, o trabalho dos japoneses impulsiona a economia, sobretudo na agricultura”, disse Romanelli.

A migração japonesa influenciou em vários setores, mas na cultura e no empreendedorismo estão os mais expressivos. Um dos exemplos é Assaí. A cidade considerada a “Capital da Imigração Japonesa do Estado do Paraná – Terra do Sol Nascente”, ainda hoje mantém a tradição dos migrantes para não perder os laços culturais com o Japão.

Cultura

A culinária, os festivais de Bom Odori e karaokê, undokai, danças japonesas, taikô e arquiteturas como o templo Budista, a Igreja Tenrikyo e o Castelo Japonês – único do gênero no Brasil –, são marcas deixadas pelos colonizadores e que resistem ao tempo. “Quem conhece Assaí sabe que o município é o portal de entrada dos japoneses no Paraná. Uma cidade com uma cultura riquíssima, que preserva e valoriza a memória dos primeiros japoneses que chegaram ao Brasil, há 113 anos”, destaca.

Romanelli lembra ainda da importância dos japoneses na agricultura do Norte Pioneiro. Foi pelas mãos de um deles, o ex-prefeito Sussumo Itimura que Uraí se destacou no cenário nacional, sendo considerada a Capital do Rami. Itimura era um dos cerca de 700 passageiros do navio Kasato Maru, que desembarcou em Santos, em 18 de junho de 1920. Ele faleceu em setembro de 2011 e foi considerado o prefeito mais velho do Brasil.

Outras influências importantes também fizeram do Norte Pioneiro um celeiro para o Paraná, seja no café, em Cornélio Procópio e Bandeirantes, no algodão, em Cambará ou na fruticultura, em Carlópolis. “A imigração japonesa deve ser lembrada e celebrada em todo o Norte Pioneiro. Somos uma região forte, que teve também a participação de outras nações na colonização, além dos mineiros, que construíram cidades que são hoje referência no Paraná e no Brasil”, reforça Romanelli.

História

Os primeiros japoneses chegaram ao Brasil em 1920. O grupo era formado por cerca de 700 pessoas. Cinco décadas depois, o número de japoneses e descendentes no país somava 404.630 pessoas, conforme informações do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil.

O Brasil é o país onde há maior número de nikkeis, com 1,9 milhão de pessoas. Estima-se que, em todo o planeta, esse número chegue a 3,8 milhões. A expressão nikkei significa descendentes nascidos fora do Japão, japoneses que vivem no exterior ou ainda simpatizantes da cultura japonesa.

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