O deputado Romanelli (PSB) afirmou nesta sexta-feira, 25, que o resultado do censo agropecuário do IBGE mostra a força do Paraná como maior produtor de alimento do país. “O IBGE, mais uma vez, distingue o Paraná para divulgar o censo agropecuário de 2017. Os dados levantados balizam as políticas públicas voltadas à agricultura, agropecuária, agroindústria, agricultura familiar e toda atividade ligada ao agro”, disse Romanelli que destacou o trabalho do diretor regional do instituto, Sinval Dias dos Santos.
“Uma parte considerável desse trabalho do instituto é resultado do empenho do Sinval Dias, um profissional dedicado há 40 anos ao IBGE e que busca sempre estabelecer uma parceria muito produtiva com o governo estadual”, completou Romanelli.
O censo aponta para um Paraná com crescimento vertiginoso e diversificado no agronegócio e que pode ampliar mais as atividades criando mais emprego a partir da industrialização. O recorte do IBGE mostra ainda o Estado entre os cinco maiores produtores do Brasil, na disputa pela liderança em segmentos importantes como soja, milho e suinocultura, e em primeiro lugar na avicultura. “Somos o maior produtor de alimentos do país porque o estado é rico, diversificado, com seus microclimas, culturas e produção”, disse;
“O Paraná é um estado que aproveita cada palmo do solo e por isso somos tão ricos. O estado, como maior produtor de alimentos do país, está inserido num contexto internacional. O censo agropecuário contribui de forma significativa com as políticas públicas que devam ser desenvolvidas pelos governos estaduais, no caso do nosso estado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural”, disse Romanelli.
Matriz econômica – O governador Ratinho Junior destacou que o agronegócio é a principal matriz econômica do Paraná e que o Estado produz de maneira diversificada e estratégica. “Nós ainda concentramos 85% da produção em pequenas propriedades, onde a agricultura familiar é muito forte”, afirmou.
“Os dados são importantes para nortear o rumo que temos que tomar nos próximos anos. O Paraná é o estado mais agrícola do Brasil, dominamos mais de 20% da produção de grãos do País, somos o maior produtor de proteína animal, temos 11 das 17 maiores cooperativas no país, além de mais de 200 pequenas cooperativas, e tudo isso priorizando a agricultura sustentável”, completou Ratinho Junior
O secretário Norberto Ortigara (Agricultura) reiterou o crescimento do agronegócio paranaense nas últimas décadas, mesmo diante de oscilações na economia. “Continuamos fortes e diversificamos a produção para horticultura e fruticultura. Nos tornamos líderes na produção de proteínas. O campo continua se desenvolvendo, em que pese altos e baixos da economia e das crises mundiais. A leitura que fazemos dos dados de 2017 é bastante satisfatória, e eles nos ajudarão a formular novas políticas públicas”, destacou.
Ortigara também comemorou a escolha do Paraná como base de apresentação dos dados nacionais, o que sinaliza a relevância da cadeia produtiva estadual. “O meio rural não discute mais o preservar e produzir. Temos consciência de que é preciso fazer bem-feito. Estamos usando tecnologias e nos organizamos no meio rural. É um setor dinâmico. Agora vamos iniciar um processo de industrialização mais acelerado”, complementou.
Produção – Segundo José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, a produção paranaense aumentou 53% em uma década, com 28% da área nova destinada a solucionar a questão ambiental. “Esse aumento aconteceu em função de tecnologia e dos esforços coletivos do Estado, dos agricultores e das cooperativas. Talvez ainda não consigamos dimensionar os números, mas temos que nos orgulhar do que já fizemos”, pontuou.
A presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, disse que o primeiro Censo foi feito antes mesmo da criação do instituto, em 1920, e mostrava um País com 650 mil estabelecimentos agropecuários e área plantada de 175 milhões de hectares. Os dados de 2017 mostram outro patamar.
“Os dados de 2017 apontam uma síntese do País neste século. O cenário mudou não só em termos de expansão, mas diversificação. Os estabelecimentos agropecuários foram multiplicados por sete, chegando a mais de cinco milhões, e a área foi duplicada, superando os 350 milhões de hectares”, afirmou. “Esse setor se transformou numa grande potência para a economia brasileira”.