Assembleia Legislativa aprova incentivo à produção de bambu

A Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira, 5, em terceira discussão, projeto de lei que estimula o plantio do bambu no Paraná. O produto tem diversas aplicações e pode servir de matéria-prima para as indústrias da construção civil, da moda, automotiva, naval e aeroespacial, de embalagens e de cosméticos. Além disso, tem alto teor nutricional e condições de ser usado em programas de combate à insegurança alimentar. O projeto será votado ainda em redação final e segue para sanção do governador Ratinho Junior (PSD).

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), um dos autores do projeto de lei, destaca que o bambu apresenta benefícios  sob o ponto de vista social, econômico e ecológico. “Há um grande potencial de exploração e de aplicação do produto, que atende aos pressupostos da sustentabilidade, com benefícios ambientais, econômicos e sociais”.

O projeto também é de autoria da deputada Luciana Rafagnin (PT) e dos deputados Goura (PDT), Boca Aberta Júnior (Pros), Wilmar Reichembach (PSD), Dr. Batista (União Brasil) e Anibelli Neto (MDB).

Uso e manuseio – Romanelli adiantou que o projeto foi aperfeiçoado pela Associação Brasileira da Indústria e dos Produtores de Bambu e Fibras Naturais (Abrafibra). “São diretrizes gerais que estabelecem um incentivo à produção, com a possibilidade de uma nova fonte de renda no campo”, afirmou.

Segundo a Abrafibra, o Brasil tem mais de 200 espécies de bambu, que cumprem diferentes funções. A entidade informa ainda que a planta é de fácil manuseio e tem rápido crescimento. “O manejo não requer fertilizantes e agrotóxicos e a cultura é utilizada para neutralizar as emissões de carbono”, explica Romanelli.

O projeto propõe ainda a valorização do bambu como produto agrícola. “Esta iniciativa pode beneficiar as pequenas propriedades, criando uma nova fonte de renda para a agricultura familiar. O bambu pode virar matéria prima ou alimento”, afirmou Romanelli.

A proposta objetiva ainda o desenvolvimento tecnológico do cultivo, manejo sustentado, implantação de polos, centros de referência em cultivo e beneficiamento.”Em especial, nas regiões de produção agrícola baseada  em unidades familiares e no entorno de centros geradores de tecnologia aplicáveis ao produto”.

Emprego e renda – Romanelli disse que a lei objetiva ainda o aumento da oferta de emprego e renda a partir do desenvolvimento da exploração da cultura e o estímulo ao comércio de seus subprodutos. “Linhas de crédito podem ser criadas em apoio às micro e pequenas empresas, além da assistência técnica, a industrialização e comercialização dos produtos do bambu”.

Romanelli adianta ainda que a planta é de fácil manuseio e tem rápido crescimento, com potencial para ajudar no combate à fome e à insegurança alimentar, devido ao seu alto teor nutricional. Outro benefício citado é de que o manejo não requer a aplicação de fertilizantes e agrotóxicos.

Romanelli e Professor Zezão pedem urgência na retomada as obras do trevo da BR 153 em Santo Antônio da Platina

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