O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD) cobrou nesta sexta-feira, 4, uma solução imediata do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) na manutenção das rodovias federais no Paraná. “O DNIT tem que ter orçamento para a manutenção das rodovias até encontrar uma solução em relação a um novo programa de concessões”.
No entanto, como novo modelo para o pedágio, Romanelli defende a criação de uma empresa pública de economia mista, com a participação do capital privado, para fazer a gestão dos serviços de concessão. “Temos o exemplo da Copel e da Sanepar. Se hoje o Paraná tem investimentos, tanto na energia quanto em sistema de abastecimento e tratamento de água, é porque temos duas empresas públicas que cuidam deste segmento.”.
“Nós sabemos que o modelo de concessão de rodovia – e sabemos da pior forma possível – não é o melhor modelo. Foram 24 anos de exploração do pedágio nas rodovias do Paraná. O ideal é ter outro modelo. A melhor gestão de determinada política pública é aquela que resulta em melhor benefício para o povo. A gente tem que respeitar o povo, com tarifa com preço baixo e investimentos”, completa.
Referência – Romanelli cita o exemplo do estado do Mato Grosso do Sul que criou o Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário) que cobra um determinado valor por saca de soja produzida e por arroba de boi abatido. “Esse fundo tem R$ 3 bilhões de receita e todas as obras e investimentos de rodovias no Mato Grosso do Sul são realizadas sem pedágio. E a manutenção e construção de novas rodovias também são financiadas por esse Fundo”.
Na avaliação do deputado, o fundo mato-grossense é o melhor modelo no Brasil na gestão das rodovias. “Ninguém paga pedágio. Paga-se especificamente com base na produção da agropecuária. Basicamente é isso! E o usuário paga com satisfação, porque vê as obras e investimentos acontecendo. No Brasil ninguém se importa de pagar imposto. O que ninguém suporta é ver o dinheiro do imposto mal aplicado”.
Recentemente, lembra Romanelli, o governo mato-grossense estatizou a BR-163 de cerca de 700 quilômetros que eram explorados pela Odebrecht que não estava realizando as obras. “O Governo do Mato Grosso comprou a concessão e criou uma sociedade de economia mista para fazer a gestão da rodovia”.
“No Paraná, uma empresa pública como a Copel e a Sanepar, onde se cobra uma tarifa, o dinheiro é aplicado em obras. Eu defendo a criação de uma sociedade de economia mista para a gestão das rodovias do Paraná”, completa.