O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) destacou nesta terça-feira, 4, o registro do Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) para um grupo de fruticultores de Jaboti, Japira, Pinhalão e Tomazina. Com isso, o morango produzido na região recebe o selo de IG (indicação geográfica), o terceiro dos produtores do Norte Pioneiro, o décimo do Paraná.
“Com esse reconhecimento, os produtores do Norte Pioneiro terão facilidade de acesso aos mercados nacional e internacional, o que garante maior valor agregado e competitividade. Agora, além da goiaba de Carlópolis e dos cafés especiais, os produtores de morangos também terão um diferencial competitivo, com a chancela do Inpi”, ressalta o deputado.
Produção — De acordo com o IDR-Iapar-Emater (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), o Norte Pioneiro é o maior produtor de morango do estado. Jaboti, Japira, Pinhalão e Tomazina concentram mais de 500 pequenos fruticultores, que mantêm cerca de 8 milhões de plantas cultivadas em quase 200 hectares. A produção anual é de quase 7 mil toneladas.
O selo conquistado na modalidade Indicação de Procedência se refere à tradição e qualidade na produção da fruta. Com isso, o Inpi reconhece o Norte Pioneiro como centro de produção de morango.
O presidente da ANV (Associação Norte Velho), Carlos Inácio, explica que as principais mudanças feitas nas propriedades foi priorizar o uso de produtos biológicos, para preservar e não agredir o meio ambiente. Segundo ele, quando necessário, os produtores utilizam apenas produtos químicos registrados para a cultura do morango.
“O objetivo é apresentar um alimento seguro ao consumidor final. Com a lavoura protegida, os fruticultores conseguem cultivar morangos o ano todo, já que vivem exclusivamente da renda obtida com a produção e comercialização da fruta”, observa o produtor. Para ele, a IG promove mais competitividade.
O morango produzido no Norte Pioneiro é fornecido para consumidores do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Além de gerar renda ao produtor, a fruticultura é também uma das principais responsáveis pela geração de empregos no campo, já que exige trabalho braçal pesado.
O produtor Marcelo Augusto da Mata Siqueira, de Jaboti, acredita que a conquista do selo é um reconhecimento à dedicação dos produtores e trabalhadores rurais. “O selo dá visibilidade, atrai mais compradores e agrega valor ao morango. Certamente teremos mais pessoas interessadas em investir na produção”, avalia.
No Paraná — Esse é o terceiro reconhecimento do Inpi a produtos cultivados na região. A goiaba de Carlópolis e o café do Norte Pioneiro também conquistaram o Selo de Identificação Geográfica do INPI.
No Paraná, a IG está também na bala de banana de Antonina, no melado de Capanema, no queijo de Witmarsum, nas uvas de Marialva, no mel do Oeste e de Ortigueira e na erva-mate de São Mateus do Sul. Outros quatro produtos aguardam a certificação do Inpi, como os vinhos de Bituruna, o barreado e a farinha de mandioca do litoral e a cachaça de Morretes.