O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) disse nesta segunda-feira, 16, que a revolução tecnológica levou a capacitação e qualificou os trabalhadores dos canaviais no Paraná. “Os fóruns regionais de qualificação foram fundamentais na manutenção dos trabalhos no setor canavieiro. A capacitação e qualificação dos trabalhadores afastou o receio que a mecanização da colheita provocasse desemprego”.
“A revolução tecnológica nos canaviais fez com que, em muitos municípios, a cana de açúcar retome a liderança na industrialização e geração de emprego e renda, aumentando a renda do trabalhador e aquecendo a economia em muitas cidades”, completou.
Esse é o caso de Jacarezinho, considerado o principal polo de produção canavieira do estado. O Norte Pioneiro mantém produção de açúcar e álcool em usinas localizadas em Jacarezinho, Cambará, Bandeirantes, Nova América da Colina e Ibaiti, mas o plantio, cultivo e colheita da cana de açúcar refletem em praticamente todos os municípios da região.
No caso de Jacarezinho, cerca de 3% dos habitantes da cidade, que tem pouco menos de 40 mil habitantes, trabalha no setor canavieiro, na principal usina da região. “Muitos trabalhadores foram qualificados para utilizar as novas tecnologias e são responsáveis pela retomada do crescimento do setor, que continua gerando emprego e renda e sendo um dos setores responsáveis pelo crescimento do agronegócio paranaense”, disse.
Produção
No Norte Pioneiro, apenas a Usina Jacarezinho é responsável por 33 mil hectares de canaviais, que viram açúcar (55%) e etanol (45%). A produção tem mercado garantido no Brasil e no exterior. Em média, a indústria produz 92 toneladas por hectare. A meta é chegar em 100 hectares. Para isso, a empresa mantém a produção 24 horas por dia, com três turnos.
O que antes exigia grande esforço dos trabalhadores, atualmente mantém 98% da produção mecanizada. O restante é formado por pequenos agricultores que ainda não adotaram o uso das máquinas na plantação. O Paraná é o quinto maior produtor de cana do Brasil. A liderança ainda é de São Paulo. Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul seguem a lista dos maiores produtores. Na safra 2019/2020 foram 34,3 milhões de toneladas. Para a safra atual, a estimativa de produção é de 34,2 milhões.