Quebra da safra levará agricultores a renegociar dívidas

Os prejuízos causados pela crise hídrica e pelas geadas recentes reduziram a expectativa da safra de grãos do Paraná e muitos agricultores terão que renegociar dívidas feitas para financiar o plantio. “As intempéries terão reflexo grande sobre a economia estadual”, avaliou o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB) nesta terça-feira, 3.

Romanelli considera a situação preocupante em razão da força do agronegócio para movimentar a economia do Paraná. “O clima não ajudou e a queda de desempenho na produção do campo terá reflexos na velocidade da retomada econômica no pós-pandemia. A agricultura tem sido a nossa grande locomotiva”, disse.

O Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual da Agricultura estima quebra significativa na safra de grãos em 2020/21. Apesar do aumento de 4% na área plantada, a colheita deve ficar em 34,4 milhões de toneladas, um volume 16% menor que no ciclo 2019/20 (41,2 milhões de toneladas).

O milho da segunda safra, que sofreu com as geadas, teve perda de 58%. Isso representa 8,5 milhões de toneladas a menos do que a colheita prevista inicialmente, que era de 14,6 milhões de toneladas. “Já houve um prejuízo na produção agrícola por conta da estiagem que vem desde o ano passado, e agora a geada amplia as perdas”, aponta Romanelli.

Manual – O Sistema Faep/Senar-PR preparou um material para orientar produtores rurais de todo o Estado sobre como proceder para rever os prazos de pagamento dos financiamentos de custeio. O material traz um passo a passo do que precisa ser feito para renegociar os prazos junto às instituições financeiras.

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