Produção de café mostra desenvolvimento de ponta do Norte do Paraná

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacou nesta segunda-feira, 24, Dia Nacional do Café, a importância da cultura cafeeira de ponta para o desenvolvimento do Norte do Paraná. Romanelli lembrou que o café, historicamente, ficou conhecido como ouro verde pela exportação da semente, o que tornou a região um polo de produção no Paraná.

“O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, atrás apenas da água. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e o Norte do Paraná é a principal região produtora de café no Estado. Por décadas, a cultura foi a principal fonte de economia e emprego da região, que atraiu trabalhadores de vários estados, sobretudo os mineiros, que fundaram a maioria das cidades do Norte Pioneiro”, explica o deputado.

Cidades da região de Jacarezinho e Cornélio Procópio são responsáveis pela produção dos melhores cafés do Brasil, vencedores de prêmios estaduais e nacionais. O café está tão integrado à cultura da região, que está na letra de hinos oficiais de alguns municípios, como Jacarezinho, Ribeirão Claro e Ribeirão do Pinhal.

Era de ouro

Aliás, vale lembrar que, no passado, Ribeirão do Pinhal ficou conhecida como a “Capital Paranaense do Café”, onde havia plantações com cerca de 22 milhões de pés. Romanelli lembra que, na chamada “Era do Ouro do Café” (década de 1970), Ribeirão do Pinhal chegou a possuir 25 mil habitantes. Cornélio Procópio, que foi outro grande produtor de café, chegou a ter uma população estimada de 70 mil habitantes na mesma época.

“Em 1975 a geada negra dizimou os cafezais e milhares de trabalhadores que tinham na colheita de café a principal fonte de renda ficaram desempregados. O fenômeno também provocou um êxodo rural intenso, com muitas famílias deixando a área rural e migrando para a cidade. Foi preciso adotar novas culturas e o gado tomou o lugar dos pés de café. Mas, ainda hoje, o Norte Pioneiro continua sendo um dos principais responsáveis pelo sucesso do agronegócio paranaense”, disse o deputado.

Ribeirão do Pinhal voltou a se destacar no cenário estadual em 1990, quando José Ferroni investiu na cultura e passou a ser considerado o principal e maior produtor de café da América Latina. O cafeicultor, que morava em Santo Antônio da Platina, faleceu em 2001.

Cafés especiais

Com os incentivos nos últimos anos, o café do Norte Pioneiro voltou a se destacar no cenário nacional, desta vez, com a produção de café de qualidade. Romanelli lembra que desde 2012 o Norte Pioneiro se consolidou como região produtora de cafés especiais do Brasil.

O deputado acrescenta que o café produzido na região conquistou a certificação IGP (Indicação Geográfica de Procedência), que garante a origem, os processos de produção e algumas características sensoriais dos cafés consumidos no Brasil. “A IGP coloca o café do Norte Pioneiro nas prateleiras das melhores cafeterias do país e do mundo, resultado do empenho, dedicação e compromisso com a qualidade, característica peculiar dos cafeicultores da região”, destaca Romanelli

Café no Brasil

Segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), o brasileiro é o segundo maior consumidor mundial de café, atrás apenas dos norte-americanos. No ano passado foram consumidas 21,2 milhões de sacas do grão no Brasil, um crescimento de 1,34% em relação a 2019. Além de maior produtor, o Brasil é o maior exportador de café do mundo. Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que na safra 2020/2021 foram produzidas 63,1 milhões de sacas de 60 quilos, sendo 77% da espécie arábica e 23% do conilon ou robusta. O Censo Agropecuário 2017 registra a existência de 265 mil estabelecimentos produtores de café espalhados pelo país.

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