Paraná organiza consórcio para compra de vacinas

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) alertou nesta segunda-feira (22) para a necessidade de organização e de cuidados no processo de compra de vacinas por parte de prefeitos, para que não haja problemas nas negociações e entregas de doses. “Há um desespero geral para acesso à vacina e isso é natural, mas tem que ter muito cuidado”, afirmou.

Romanelli participou de uma videoconferência que reuniu o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, atual secretário executivo do Consórcio do Nordeste, parlamentares e prefeitos do Paraná, além dos deputados federais Gleisi Hoffman e Enio Verri. O tema foi a compra de excedentes da vacina Spunik V.

“O ex-ministro trouxe informações muito relevantes sobre o processo de compra”, avalia o deputado. Ele ressalta que há empresas se apresentando como representantes de laboratórios produtores de vacinas e é preciso ter segurança na relação comercial.

Segundo Gabas, os estados do Nordeste fizeram as negociações diretamente com o Fundo Soberano da Rússia, com a participação de diplomatas e outras autoridades do governo russo. Ele informou que a venda da vacina não está sendo realizada por terceiros. “Não estamos lidando com vendedor de esquina”, explicou.

O Consórcio do Nordeste negociou a compra de 37 milhões de doses da vacina russa por US$ 9,95, mais o custo de transporte, que deve ficar abaixo de US$ 1 por unidade. A negociação inicial era de um volume de 50 milhões de doses. Assim, o Fundo Russo dispõe de 13 milhões de doses para venda a outros interessados.

CONSÓRCIO PARANÁ – Romanelli destacou a importância da participação do Consórcio Paraná Saúde nas negociações com fornecedores de vacinas. Para ele, este seria o instrumento mais adequado para tratar da aquisição de imunizantes.

O deputado sugeriu que a Frente Parlamentar que trata do enfrentamento ao coronavírus reúna representantes do Governo do Estado, dos municípios e gestores do consórcio de saúde para organizar as estratégias de compra de imunizantes.

Segundo o deputado, o orçamento do Estado dispõe de R$ 200 milhões para a compra de vacinas. Deste total, R$ 100 milhões foram disponibilizados pela Assembleia Legislativa.

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