Romanelli lamenta morte de Alencar Furtado

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) lamentou nesta segunda-feira (11) a morte do ex-deputado estadual e ex-deputado federal, José Alencar Furtado.

“O deputado Alencar Furtado marcou a minha vida, fomos colegas de legenda. Exerceu a política de forma íntegra e honesta. Alguém que nunca transgrediu seus princípios por qualquer conveniência. Foi um grande homem que teve uma vida bem vivida”, afirmou Romanelli durante abertura da sessão extraordinária.

José Alencar Furtado morreu aos 95 anos, na madrugada desta segunda-feira, em decorrência de problemas renais e cardíacos. Nasceu em Araripe, no Ceará, filho de Vicente Alencar Barbosa e Maria Furtado, pequenos agricultores.

Pelo Paraná Advogado e político, Alencar Furtado exerceu três mandatos de deputado federal pelo Paraná, e foi cassado pela ditadura militar. Militante da Esquerda Democrática, uma dissidência udenista que originaria o Partido Socialista Brasileiro, foi um dos fundadores dessa última legenda no Ceará. Transferindo-se para o estado do Paraná, foi advogado junto à prefeitura de Paranavaí.

Após o golpe militar que depôs João Goulart em 1964, ingressou no MDB e foi eleito suplente de deputado estadual em 1966 e presidente do diretório regional da legenda (1969-1970).

Eleito deputado federal em 1970 e 1974, chegou ao posto de líder de bancada, sendo parte do grupo dos chamados “autênticos” do MDB. No entanto, teve o seu mandato parlamentar cassado em 30 de junho de 1977. Privado de seus direitos políticos, elegeu o filho Heitor Alencar Furtado para ocupar seu lugar, em 1978. Heitor terminou sendo assassinado durante a campanha.

De volta à cena política após a decretação da anistia pelo presidente João Figueiredo, foi reeleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Todavia, o assassinato do filho naquele mesmo ano abalou-o profundamente.

Após a eleição de Tancredo Neves para presidente da República, Alencar Furtado acabou por entrar em colisão com o partido ao disputar a presidência da Câmara dos Deputados contra Ulysses Guimarães em 1985. No pleito de 1986, disputou o governo do Paraná pelo PMB, em chapa com o então pedetista Jaime Lerner, mas foi derrotado por Álvaro Dias, do PMDB.

Furtado deixou viúva, três filhas e um neto.

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