No Encontro Mulheres na Política (PSB) no sábado (25), em Curitiba, a professora Fabiana Campos conversou com as mulheres reunidas sobre a atuação feminina em diferentes momentos históricos brasileiros. Personagens decisivas que mudaram o curso da história nacional pontuaram a apresentação que foi enriquecida com palavras de incentivo a participação da mulher processo eleitoral.
A apresentação do painel aconteceu logo após a posse da nova diretoria-executiva da Secretaria Estadual de Mulheres do PSB e demonstrou a relevância do comprometimento das mulheres com demandas diferentes daquelas existentes no núcleo familiar, mas, que modificam ou interferem de forma decisiva na sua vida. Mulheres que participaram ativamente das mudanças nos sistemas de governo e das primeiras conquistas femininas foram lembradas na apresentação.
Entre os nomes citados estava o de D. Maria I, que em 1.815 se tornou a primeira chefe de estado feminina. A segunda foi D. Leopoldina, em 1822, que teve grande influência na independência do País. Também foram citadas, as precursoras do movimento de mulheres no Brasil e suas conquistas, como emancipação social e política, combate à discriminação racial, direito ao voto e a concorrer aos cargos nos poderes legislativo e executivo.
“Essas mulheres iniciaram um processo longo e exaustivo, nos colocando como sujeito histórico com individualidade, sentimentos, potencialidade, dignidade, sonhos, desejos e projetos. Esses movimentos despertaram a partir de 1960 e apresentaram uma nova perspectiva para compreender o universo feminino”, pontuou Fabiana Campos. “Ainda há muito para conquistar, principalmente, por preservar. Devemos ficar atentas e não permitir o assolamento dessas conquistas. Não podemos retroceder no tempo”.
Mulher na política
O engajamento das mulheres nos processos eleitorais foi reforçado por Fabiana Campos que discorreu sobre a nova proposta do PSB em aumentar as candidaturas femininas nas eleições de 2020. “Às vezes a mulher se intimida no ambiente político e recua diante da possibilidade de se candidatar. Não consideram que vivenciamos a política no nosso dia a dia”.
“As mudanças que necessitamos só acontecerão quando a mulher ocupar os postos nas câmaras de vereadores, prefeituras, assembleias legislativas e Congresso Nacional. Quando a Mulher entra na política ela busca atender as necessidades femininas criando leis direcionadas às nossas demandas ou fazendo projetos voltados a atender as necessidades de uma mãe de família. Para mudar a política nós precisamos estar nela com o olhar voltado ao combate da desigualdade de todos os gêneros e na ratificação dos nossos direitos como cidadãs”.