DER manda Econorte retirar cancelas na praça de Jataizinho

O DER (Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná) notificou na segunda-feira (7), a Econorte para remover as cancelas extras e os dispositivos de redução de velocidade instalados na praça de pedágio de Jataizinho, no norte do Paraná. “É o mínimo que tem que ser feito. É o pedágio mais caro do País e ainda está submetendo os motoristas à humilhação. O Paraná não merece e repudia isso”, reagiu o deputado Romanelli,.

Antes das cabines de cobrança, a Econorte instalou cancelas extras e redutores de velocidade e, além disso, contratou seguranças particulares. No domingo (6), centenas de pessoas protestaram, quebraram as cancelas e vários motoristas passaram sem pagar a tarifa.”O pior de tudo é que a Econorte reluta em cumprir a determinação do DER. O pedágio acha que manda no Estado e faz o que quer. Temos que dar um basta nisso”, disse Romanelli.

O DER afirmou que as cancelas e redutores de velocidade foram implantados sem análise e aprovação. O órgão diz que a instalação de lombadas em rodovias públicas depende de autorização do responsável pela estrada, e que deve ser acompanhado de sinalização horizontal e vertical.

Acordos – Romanelli tem ainda criticado os acordos de leniência entre o MPF (Ministério Público Federal) e as concessionárias de pedágio. “Os acordos são importantes e representam um avanço porque são resultado de investigações que apuraram que agentes públicos cometeram atos ilícitos e também é uma confissão de dirigentes das empresas que praticaram atos de corrupção”, disse em entrevista a Mareli Martins na Rádio T de Ponta Grossa.

“Mas, esses acordos não podem ser generosos como estão sendo com as concessionárias. Elas geralmente pagam uma multa, que considero mínima em razão dos recursos desviados, reduzem por um tempo o preço da tarifa e sinalizam executar algumas obras. Mas as grandes obras, como a duplicação da Rodovia do Café, de Ponta Grossa ao Norte do Estado, e da BR-277, entre Cascavel e Matelândia, estão fora do acordo. Isso é injusto com os paranaenses que pagaram e continuam pagando o pedágio mais caro do mundo”, disse.

O deputado disse ainda que os acordos estão dando condições às empresas participarem das novas licitações do pedágio. “Isso já aconteceu com uma empresa que assinou o acordo no Paraná e venceu a licitação de uma concessão em Minas Gerais”. “O acordo, antes de ser assinado pelo MPF, deve ser submetido a uma audiência pública e debater as cláusulas econômicas. Tanto é que Estado, o DER e a Procuradoria do Estado se recusaram a anuir esses acordos porque entendem que são contrários ao interesse público. O pedágio do Paraná continua muito caro, termina em novembro de 2021 e as obras, infelizmente, não vão ser realizadas”.

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