O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa, defendeu nesta quinta-feira (8), durante reunião pública na sede da Sociedade Rural de Cornélio Procópio e região, a duplicação do trecho entre Cornélio e Jataizinho da BR-369. A obra foi autorizada no dia 23 de fevereiro deste ano pelo governador Beto Richa, mas foi interrompida por conta da Operação Integração do Ministério Público Federal (MPF).
As obras de duplicação na estrada estavam previstas para serem feitas em 2021, quando vence o contrato entre a Econorte e o Governo do Estado. Mas com articulação do próprio Romanelli, houve um acordo entre o Governo do Estado e a Econorte para a antecipação da melhoria. Além da pista dupla, também seriam construídas quatro novas pontes, quatro viadutos, dez retornos em nível e quatro correções geométricas de curvas e outras correções.
Romanelli afirmou que é a favor das investigações e propôs que seja feita uma carta de Cornélio Procópio e região em defesa do movimento “Duplicação Já” ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) com a reivindicação de que ou as obras sejam executadas no prazo acordado ou acabem com a taxa de pedágio.
“Esta duplicação é necessário há anos. É uma reivindicação muito antiga da população que mora aqui. Envolve segurança, economia e desenvolvimento. A Econorte é uma empresa que sempre agiu de ma fé. Se não executam a obra, tem que suspender a cobrança do pedágio”, disse Romanelli.
Ainda de acordo com o líder, ficou claro que esse movimento partiu do pressuposto que, se a obra não for antecipada, não será realizada. “Vamos relatar nesse documento a nossa expectativa junto ao Ministério Público Federal de que apoiamos todas as investigações de eventuais irregularidades, sem interferir naquilo que é apuração de atos ilícitos que podem ter sido cometidos pela Econorte, DER ou quem quer que seja”, explicou.
O prefeito de Cornélio Procópio disse que o movimento “Duplicação Já” tem que tomar uma atitude e buscar forçaz para uma solução com os municípios aliada à sociedade civil organizada. “A informação que nossos deputados nos trazem de que o Ministério Público Federal intenciona ingressar na justiça para coibir a duplicação, é grave e temos que estar juntos para encontrar uma solução. Vamos tentar todas as formas, mas, se a Econorte não realizar a obra, vamos pegar os maquinários das prefeituras, colocar no meio da rodovia e interditá-la”, pontuou.