O Paraná e os pessimistas

Bandeira_do_ParanáNão é só de más notícias que vivemos no Paraná. Na última semana do mês de junho tivemos entregas significativas para alguns setores paranaenses. Na segunda-feira (27) o governo anunciou o importante repasse de R$ 36,7 milhões anuais para a ampliação de atendimento hospitalar à população da capital.
O governador Beto Richa recebeu o prefeito Gustavo Fruet no Palácio Iguaçu, para formalizar a adesão de Curitiba ao incentivo estadual. Os recursos serão transferidos diretamente do Fundo Estadual de Saúde do Paraná ao Fundo Municipal de saúde de Curitiba, sem burocracia, para serem repassados aos dez hospitais de média e alta complexidade, que atendem pelo Sistema Único de Saúde. A medida vai diminuir a fila de espera para cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas. Esta é uma parceria necessária e fundamental neste momento de crise.
Serão beneficiados o Hospital de Clínicas, pertencente à Universidade Federal do Paraná, os hospitais do Trabalhador, Erasto Gaertner, Evangélico, Santa Casa de Curitiba, Cajuru, Zilda Arns, Cruz Vermelha, Pequeno Príncipe e São Vicente. O repasse mensal previsto é de R$ 3,061 milhões. O Paraná é o único estado brasileiro que destinou recursos extras para o teto de média e alta complexidade, que seria de responsabilidade do governo federal.
Na terça-feira (28) foi inaugurada a fábrica de celulose da Klabin, em Ortigueira, nos Campos Gerais. O investimento da Klabin, de R$ 8,5 bilhões, é o maior da história do Estado e a nova fábrica, que começou a produzir celulose em março, gera 1,4 mil empregos diretos e indiretos e dos 40 mil gerados durante a sua construção, incluindo as obras de infraestrutura.

A nova fábrica teve o forte apoio do Governo do Estado, pelo programa de incentivo fiscal Paraná Competitivo.

O projeto Puma, como foi denominado, vai impulsionar a arrecadação de 12 municípios do Norte Pioneiro e dos Campos Gerais. O convênio assinado pelo Governo do Paraná e municípios com a fabricante de papel e celulose, estabeleceu, pela primeira vez no Estado, um mecanismo de partilha da cota parte de ICMS.
Pelo convênio assinado, o município de Ortigueira, onde se localiza a nova fábrica, ficará com 50% da cota parte do ICMS gerado pelo empreendimento. Os outros 50% da cota parte de ICMS serão divididos entre os municípios que fornecem madeira para a fábrica, inclusive Ortigueira. São eles: Cândido de Abreu, Congonhinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.
A medida permitirá que essas cidades cresçam no mesmo ritmo que Ortigueira, garantindo desenvolvimento regional integrado, já que esses municípios têm baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e somam 250 mil habitantes.
Na quarta-feira (29), foi entregue o trator de número 10.000 do programa Trator Solidário, ao agricultor familiar Valter de Oliveira, do município de Ipiranga, também nos Campos Gerais. O programa iniciado há dez anos, no governo Requião, e já teve investimento de R$ 570 milhões para o financiamento dos maquinários, que contribuíram com a modernização e a inovação tecnológica nas pequenas propriedades paranaenses. A meta do Governo do Estado é entregar 12 mil tratores até o ano de 2018.
Na atual gestão o programa se expandiu e incluiu no sistema de financiamento de colheitadeiras, tratores exclusivos para pomares e lavouras de café e ainda, equipamentos para pulverização. Desde 2011, foram financiadas mais de 4.300 máquinas e equipamentos que ajudaram a melhorar a qualidade de vida no meio rural. Com a modernização, muitos jovens ficaram no campo ajudando a melhorar a produtividade e a renda de suas famílias.
Também na quarta-feira, a BMW iniciou a operação de exportação de veículos pelo Porto de Paranaguá. O destino dos automóveis é o mercado norte-americano.
Esta remessa, com 200 veículos, é a primeira de um total de dez mil unidades que serão enviadas para os Estados Unidos até o começo do ano que vem. As unidades do modelo X1 são produzidas na planta de Araquari, em Santa Catarina, e são transportadas por cegonheiras até o Porto de Paranaguá, que fica cerca de 200 quilômetros de distância da fábrica.
O Porto de Paranaguá é o segundo que mais exporta automóveis em todo o Brasil e por isso, é referência na movimentação deste tipo de carga, e é muito significativo, pois reverte uma tendência.
Em Ponta Grossa, foram entregues as obras de ampliação do aeroporto Santana e assinado acordo com a Azul Linhas Aéreas para implantação do transporte aéreo regional nas cidades de Ponta Grossa, Umuarama, Guarapuava e Pato Branco. Pelo acordo, o ICMS será reduzido em 2%, na compra de combustível de aviação, para cada nova cidade atendida pelo serviço. A alíquota passa de 18% para 16%. A redução é progressiva na medida em que haja expansão para outras cidades até o limite de 8%.
É uma pequena amostra do que acontece toda semana no Estado: repasse de recursos para municípios, inaugurações de obras, repasse de equipamentos, assinatura de convênios, entrega de casas populares.
Basta ler o noticiário publicado diariamente pela imprensa paranaense, sempre muito crítica com o governo, para perceber o vazio do discurso daqueles que só sabem fazer críticas vazias. Esse Paraná que avança, que gera empregos e obras, e que alguns insistem em não ver.

Basta ler o noticiário publicado diariamente pela imprensa paranaense, sempre muito crítica com o governo, para perceber o vazio do discurso daqueles que só sabem fazer críticas vazias. Esse Paraná que avança, que gera empregos e obras, e que alguns insistem em não ver.

Ao criticar toda e qualquer ação do governo do estado, ignorando o esforço efetuado no momento em que o país vive uma profunda recessão, com desemprego recorde. Vale lembrar que a recuperação da economia será lenta, e exigirá mais do que nunca, união de todos, seriedade e competência por parte dos gestores, que não podem agir como se o Paraná fosse uma ilha isolada do Brasil e como se o caixa do Estado, fosse uma fonte ilimitada a jorrar dinheiro perenemente.
É para esse Paraná que muitos insistem em não olhar, onde o mundo real acontece, que o governo trabalha para prestar um melhor atendimento à saúde, gerar mais empregos, buscar uma educação de qualidade, e uma segurança pública que garanta tranquilidade à população, além de obras que melhorem a condição de vida do povo paranaense.
*Luiz Cláudio Romanelli, advogado e especialista em gestão urbana, ex-secretário da Habitação, ex-presidente da Cohapar, e ex-secretário do Trabalho, é deputado pelo PSB e líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná. Escreve às segundas-feiras sobre Poder e Governo.