A discussão sobre as desapropriações das terras das famílias de agricultores atingidas pela construção da barragem da Usina do Baixo Iguaçu, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema, e a continuidade da obra passaram a ser mediadas pelo Poder Legislativo do Paraná.
Nesta quarta-feira (25), a Assembleia Legislativa do Paraná sediou a segunda reunião com representantes dos atingidos, do governo do Paraná, Ministério Público e também da Copel – sócia da Neoenergia no consórcio responsável pela Usina de Baixo Iguaçu. Segundo o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), que presidiu a reunião, a intenção é achar uma solução pacífica e justa para um problema que se estende há cerca de três anos.
“Foi a segunda reunião para que nós rapidamente encontremos, no entendimento, uma solução que garanta a tranquilidade e a paz social para as famílias que vão ser atingidas e que devem ser reassentadas numa área igual ou melhor do que a que vivem atualmente ou de serem indenizadas com critérios justos e claros”, declarou Romanelli.
O deputado disse que já houve uma reunião com os representantes da Neoenergia e um novo encontro com ambas as partes deve acontecer no dia 2 de junho. “As reuniões tem sido densas, com ampla discussão. Até essa próxima data nós teremos uma pauta previamente definida com pontos mínimos a serem cumpridos por ambas as partes”, ressaltou.
Solução – Também participaram da reunião os deputados Professor Lemos, Nereu Moura e Tadeu Veneri, para quem há uma preocupação para que não existam conflitos entre os atingidos e a empresa no canteiro de obras. “A questão é urgente e o clima é acirrado, por isso a nossa grande preocupação é para que não ocorra nenhum ato arbitrário e que o clima seja pacífico”, disse.
Ao representar o Ministério Público do Paraná, o procurador Dr. Olympio de Sá Sotto Maior Neto, disse que o MP está acompanhando as negociações. “Estamos acompanhando a situação de perto e à disposição para participar e encontrar um acordo dinâmico e pacífico”.
Já Hamilton Seriguelli, assessor de Assuntos Fundiários do governo do Paraná, lembrou o desejo do governo é encontrar uma solução rápida para as várias famílias envolvidas. “É muita gente envolvida e quanto melhor sair para os atingidos, melhor fica para todos“, pontuou. Segundo Seriguelli, o governo quer que a barragem que não seja uma intervenção na região, mas sim uma complementação no desenvolvimento. “Estou otimista e acredito que vamos conseguir chegar a um acordo, pois e destaco o apoio da Assembleia, na pessoa do deputado Romanelli, o que melhorou bastante a interlocução”, finalizou.