“Às vezes é preciso que mudemos muito para continuar os mesmos”

25668471150_43a420e8e9_zDEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB):

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna falar de um Partido que foi fundado em 1947, ele era uma organização que se denominava esquerda democrática, e o grande formulador do Partido foi João Mangabeira. Na pós-reforma, ainda durante a ditadura, o PSB, o Partido Socialista Brasileiro foi refundado pelo Dr. Miguel Arraes, Governador de Pernambuco, uma figura ímpar da política nacional e, por último, claro, o seu neto, grande esperança deste País como liderança, Eduardo Campos.

E tenho uma honra de entrar neste Partido, ingressar neste Partido, saudando, inclusive, o Líder do PSB na Casa, Deputado Tiago Amaral, e junto comigo os Deputados Jonas Guimarães, 1.º Vice-Presidente desta Casa, o Deputado Alexandre Curi e também o Deputado Artagão. O Deputado Stephanes, estamos no processo ainda de construção dessa questão. Mas referencio-me a esses Parlamentares, porque todos sabem, durante 35 anos, eu, filiado, militei no PMDB. Já militava antes ainda no MDB.

Sou do tempo da Rua Pedro Ivo. Eu, aos 20 e poucos anos, Deputado Schiavinato – que estamos mais ou menos na mesma idade, acho que eu um pouquinho mais novo que você, mas por muito pouco, pelo senhor, melhor dizendo – militei nesse Partido a vida toda e foi uma história fantástica, uma aventura maravilhosa da qual não me arrependo absolutamente nada.

Da campanha, primeiro lutamos pela anistia; depois no processo de luta pela redemocratização, a primeira eleição para Governadores. Participei ativamente da campanha do José Richa, como muitos aqui também participaram.

Depois participamos, fui um dos organizadores do comício das Diretas em 1984. E foi um…

Deputado Tadeu Veneri (PT): Permite-me um aparte na sequência, Deputado?

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Permito, Ex.a. Foi um período fantástico.

Deputado Nereu Moura (PMDB): Também gostaria de um aparte, Deputado Romanelli.

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Perfeitamente. Porque convivi com figuras magníficas da política paranaense e nacional. Tive o privilégio de conviver com Euclides Scalco, com Sebastião Rodrigues, com Waldyr Pugliesi, com José Richa, como já citei aqui antes, com Álvaro Dias, pessoas que, como Alencar Furtado, que foi nosso Deputado Federal, cassado e um homem que teve uma expressão neste país fantástica. Ou seja, pessoas que dignificaram a vida pública. Com o Requião com que eu, obviamente desde 1982, iniciamos uma aproximação maior, coordenei a sua campanha para Prefeito em 1985, ao lado de diversos outros companheiros, uma grande campanha. Depois em 1990 para o Governo. Depois, tivemos eleições mal sucedidas, voltamos em 2002 ao Governo, duas campanhas. Enfim, participei desse processo político. Fui Líder do Governo Requião aqui na Casa. Fui duas vezes Secretário de Habitação e Presidente da Cohapar nos Governos do Requião. Então, tenho em minha vida, em minha trajetória, em minha história, uma enorme gratidão ao PMDB e só afastei-me, como todos sabem, pelo momento ruim que estamos vivendo, uma divergência insuperável, mas só tenho a agradecer ao Partido. Concedo um aparte ao Deputado Tadeu Veneri. Deputado Tadeu Veneri (PT): Deputado Romanelli, quero agradecer pelo aparte, cumprimentá-lo e desejar boa sorte. Sei que nem sempre fazemos aquilo que gostaríamos no momento que pode, mas faz o que é possível. E, V.Ex.a, certamente, irá acrescentar ao Partido Socialista Brasileiro. Lembro que foi o Partido que fizemos a primeira coligação PT/PCdoB mas também o Partido Socialista na eleição do Presidente Lula, que foi a Frente Brasil Popular. Então, desejo a V.Ex.a uma trajetória de sucesso, de caminhada, de retidão. Sei que continuará defendendo os princípios que acredita e que ajudará muito para que encontremos saída para o Estado e para o País. Boa sorte nessa nova caminhada e naquilo que pudermos ser útil, certamente, seremos nós, seremos companheiros juntos.

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Muito obrigado, Deputado Tadeu Veneri.

Deputado Nereu. Deputado Nereu Moura (PMDB): Deputado Romanelli, em nome do PMDB, Partido que lidero nesta Casa, quero agradecer V.Ex.a pelos serviços que prestou no nosso Partido. V.Ex.a é um dos melhores desta Casa, um Deputado preparado, de boa convivência e é inegável o trabalho que V.Ex.a prestou ao PMDB, ao Governo do PMDB e ao Paraná. Sabemos que o momento é difícil, V.Ex.a mesmo numerou desta tribuna. Temos certeza que V.Ex.a, em uma nova trincheira, vai poder continuar exercendo o mandato com tanta fidelidade, como sempre procurou exercer. E aqui nesta Casa, mesmo com divergências, vamos procurar trabalhar em favor do Paraná. Desejo sucesso neste novo momento da sua vida. Sei que não deve ter sido fácil a decisão de V. Ex. a. Compreendo os motivos que levaram V.Ex.a a entrar em outro Partido, mas ainda, há dias atrás, conversando com o amigo de V.Ex.a, ele me dizia: “- Deputado Nereu, em 1977, 78, lembro-me do Romanelli menino, na sede do MDB, na Rua Pedro Ivo.” É difícil vê-lo em outro Partido, mas é a vida. V.Ex.a prestou um serviço ao PMDB. Muito obrigado pelo trabalho. Sucesso nessa nova agremiação!

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Agradeço, Deputado Nereu Moura, de verdade isso, eu era militante do Partido já do MDB, na Pedro Ivo. Esse amigo que V.Ex.a referencia, certamente, deve ser alguém que participava da vida pública neste País. Digo isso, porque o MDB era uma grande frente política, que abrigava todas as correntes políticas de opinião, que eram contra a ditadura. E naquela época fazíamos as reuniões na Pedro Ivo, Deputado Tadeu Veneri, Deputado Nereu, aqui em Curitiba e estava lá sempre presente um agente do Dops com gravador, gravando todos os pronunciamentos. Colocávamos uma cadeira, porque sabíamos quem iria, chamava a pessoa para não ter constrangimento, ela sentava, pegava um daqueles gravadores antigos e gravava toda a reunião. Era um sistema, estávamos em um processo da ditadura, as pessoas discursavam e sabiam que a fala estaria ali gravada e às vezes até alguns davam tempo para a pessoa trocar a fita, para não perder nenhuma palavra dos discursos. Essa era a realidade, quem não viveu na ditadura e eu, muito jovem, trabalhava com isso. Deputado Adelino Ribeiro (PSL): Um aparte, Deputado?

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Eu lhe dou um aparte, mas antes eu dou um aparte ao Deputado Tiago Amaral, que me pediu antes, o nosso Líder. Deputado Tiago. Deputado Tiago Amaral (PSD): Grandes quadros são fundamentais para a construção de grandes Partidos. O PSB hoje é um partido de grande expressão nacional, e com a vinda do senhor, de V.Ex.a, meu amigo Deputado Luiz Claudio Romanelli, o Deputado Alexandre, o Deputado Artagão, Deputado Jonas e na sequência, Deputado Stephanes, damos mais um grande passo para fortalecer ainda mais esse grande projeto. Como falei no dia de sua filiação, o PSB apresenta hoje no País, uma das melhores propostas, uma das melhores estruturas para as grandes transformações que a política precisa, em nível nacional. Tenho certeza que com essa soma que recebemos, pelos nomes que vocês representam, o PSB dá mais um grande passo, para conseguir implementar na prática os seus grandes projetos, que têm descrito. Então, que alegria para mim, como jovem político, poder humildemente liderar uma bancada única como essa, que tive a oportunidade. Quero agradecer a você e aos demais que ingressaram em nosso Partido, por essa oportunidade que a mim concederam. Obrigado pela sua presença.

PRESIDENTE (Deputado Ademar Traiano – PSDB): Deputado Romanelli, V. Ex.a passa a usar o horário da Liderança do Governo, por dez minutos.

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Perfeito. Deputado Tiago Amaral (PSD): E, se me permite também, destacar a grande falta que fará aos nossos quadros e ao quadro do PSB, o nosso amigo Deputado Gilberto Ribeiro, que pelas suas motivações – que entendemos, inclusive – ingressa hoje no PRB. Mas foi um prazer também trabalhar ao seu lado enquanto esteve e somou muito para todos nós. Obrigado, Deputado Gilberto.

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Obrigado, Deputado Tiago, sabemos que pelo seu DNA, já veio pronto para a política e, obviamente, preparou-se para isso também. Deputado Adelino Ribeiro.

Deputado Adelino Ribeiro (PSL): Deputado Romanelli, comungo com as mesmas ideias do Deputado Nereu Moura. Conheço V.Ex.a como Parlamentar, desde a época que você servia como Líder do Governo na época do Governador Requião. Sei da lisura, da firmeza que você tem em seus ideais. E não vejo – eu, como socialista do Partido Social Liberal – que nós, recebendo você no Socialismo, não tenho dúvidas nenhuma, que ficamos feliz. Pela liderança que você tem, pela postura, pela lealdade que você tem com as pessoas, que realmente você defende os seus ideais. Então, em minha visão, a mudança de Partido de V.Ex.a., foi bom até porque tínhamos um Líder do Governo do PMDB e tinha um Líder da Oposição do PMDB, então o povo não estava entendendo bem. Mas agora ficou bom, porque ficou no PSB e um Líder da Oposição ficou no PMDB e vamos ter essa possibilidade de não ter mais um Líder da Oposição e um Líder da Situação do mesmo Partido. Boa sorte, espero que você tenha um bom trabalho no novo Partido.

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Olha, o PMDB tem essa dinâmica mesmo, então faz parte. Mas, quero dizer que agradeço, Deputado Adelino, pelas suas palavras. E lembrei-me hoje de uma frase – que aliás, preciso consultar no Google, porque hoje tudo está no Google – dando uma entrevista pela manhã, em uma rádio, sobre essa questão da mudança, porque estamos em uma época de mudança e o País está vivendo esse momento. E lembrei-me de uma frase de Dom Helder Câmara, que foi uma das maiores vozes do Presidente da CNBB. E Dom Helder era um filósofo. Ele dizia uma frase fantástica: “Às vezes é preciso que mudemos muito para continuar o mesmo”. Então, os caminhos, da política principalmente, são os mais diversos possíveis. Ainda há pouco, Presidente Traiano, fui ao Comitê de Imprensa da Casa. E a imprensa chamou – como aliás, vários Parlamentares – para saber a opinião sobre a Presidente Dilma ter levado o ex-Presidente Lula para ser Ministro-Chefe da Casa Civil. Aí, obviamente, são as duas perguntas: “O que é que o senhor acha disso?” Eu, pessoalmente, acho que o Presidente Lula é um craque da política, grande articulador, uma pessoa com a capacidade de dialogar com setores que, temos que reconhecer, a Presidente Dilma não consegue dialogar. Ele vai conseguir chamar o Movimento Social Sindical, vai chamar o setor empresarial, não todos, mas vai conseguir chamar. Agora por outro lado, sabemos ele vai acelerar o processo de votação do impeachment na Câmara dos Deputados, não tenho dúvidas sobre isso. Isso vai acontecer como uma forma da Oposição reagir à posse dele na Casa Civil. Agora, do ponto de vista político, ele assume uma condição de articulador, como não é o cargo, mas como se fosse um 1.º Ministro da República. E ainda há uma questão Presidente Traiano, que foi proposta, que é sobre aquela questão. “O Lula fez isso para fugir da caneta pesada do juiz Sergio Moro”. Não foi isso. O juiz Sérgio Moro, já disse no processo, quando determinou a condução coercitiva do ex-Presidente Lula, que não era necessária a prisão cautelar do ex-Presidente. Isto, em minha avaliação, ele já se pronunciou sobre esse tema. Os Promotores de São Paulo que, claro, com aquela ação estapafúrdia, todo mundo que leu aquilo. Aliás, eles confundiram Angels com Hegel, para mostrar a erudição cometeram barbaridades. E quem tiver a curiosidade de ver aquela peça em São Paulo, sem entrar no mérito, é uma barbaridade o que eles escreveram. O juiz Sérgio Moro faz um brilhante trabalho, todo mundo espera que ele dê continuidade. Agora, por outro lado, o Presidente Lula vai continuar com a investigação sendo promovida pelo Ministério Público Federal, o Procurador Geral da República é o mesmo, é o Rodrigo Janot, o Ministro que é o Ministro prevento no STF é o Ministro Teori, que também faz a revisão de todos os atos, em última análise, da Lava Jato. Não tenho dúvida que esse tema na verdade, vai ainda debater, vai ter um grande debate, grandes manifestações populares, temos que reconhecer que o povo quer mudança, de um lado quer punição à corrupção e do outro lado, obviamente, quer uma solução para a economia, que a mim parece o maior problema que estamos vivendo neste momento. Tenho a convicção também, data venia aos que encaminharam de outra forma na tribuna hoje, sobre essa questão das CPIs, gostaria de falar aos que assinaram a CPI e aos que não assinaram também, mas sempre fui um crítico em relação à CPIs, lembro-me que em 2003 foi feita uma CPI do Pedágio aqui na Assembleia Legislativa e todos nós estávamos na esperança que aquela CPI pudesse dizer: “Olha, o contrato que tem as concessionárias de pedágio com o Estado é nulo, o contrato foi um conluio e é ilegal.” Para nossa surpresa, por razões que ninguém entende bem, a CPI disse: “Não, o contrato do pedágio do Paraná é o melhor do mundo.” Ano passado, 2014, foi feita outra CPI do Pedágio aqui no Estado, relatório com críticas, sugestões, medidas. Mas, do ponto de vista objetivo, não se avançou um milímetro com a CPI. E olha que o pedágio não estava sob investigação judicial, diferente das operações. A operação Quadro Negro, vou repetir para quem não escutou da outra vez que falei isto: quem denominou a operação Quadro Negro foi o Nurse, a Polícia Civil do Paraná, foi o Governo do Estado que, através do controle interno identificou que havia irregularidades no pagamento de medições de obras, começou uma investigação, viu o tamanho do problema e imediatamente representou e colocou na polícia para, polícia judiciária, ser investigado. O Gaeco, o Ministério Público já entrou em um momento subsequente, quando a investigação feita, promovida pela polícia já estava concluída. E, ao mesmo tempo, já temos essa situação, já está judicializada, o dono da construtora que desviou recursos está preso. E se ele vai fazer delação premiada ou não, espero que – obviamente a decisão é dele -mas esse mecanismo… Quero dizer que contrário ao senso da grande maioria que acha que a questão da delação, até a crítica que o Deputado Nereu fez… Na Itália, com a operação Mãos Limpas e também na Justiça americana, a figura do réu colaborador é muito importante, porque há uma transação penal entre o juiz, promovida pelo Ministério Público, e o réu. E o resultado é que uma pena menor a troco das informações, que muitas vezes recupera o dinheiro e ao mesmo tempo vai fazendo uma apuração, como se fosse, na verdade, um cesto de caranguejos, vai puxando um e vai puxando outro você vai fazendo com que você revele a verdade. Na Itália, a operação Mãos Limpas resultou em aproximadamente 1 mil políticos que foram presos, e empresas, resultado da Itália, porque sempre digo que a Itália é o País mais parecido com o Brasil ou somos os mais parecidos com a Itália. Ao término da operação Mãos Limpas na Itália, o juiz, que era o Antônio Di Pietro, que era o que criou a operação Mãos Limpas, foi candidato a 1.º Ministro, e perdeu a eleição para o Berlusconi, um sujeito de extrema direita, grande empresário que usou o poder econômico, e o resultado qual foi? A Itália continua tão corrupta quanto antes, não mudou absolutamente nada. Então, o fato é que essas questões todas que são…

  1. PRESIDENTE (Deputado Ademar Traiano – PSDB): Deputado Romanelli, V. Ex.a tem um minuto para concluir. DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Elas são culturais, são muito complexas. Quero dizer o seguinte, em relação às CPIs: peço aos Deputados que integram a Base e também do Grupo Independente, que não apoiem as CPIs. As CPIs já estão sendo objeto de investigação do Ministério Público Estadual e já estão judicializadas. E não precisamos nenhuma passarela para deixar alguém desfilando a beleza, para fazer de conta que está apurando, que está investigando. Então, peço a todos que sejamos coerentes, porque… Olha, eu, Líder do Governo Requião aqui, montei uma estratégia, Deputado Traiano, V.Ex.a queria montar uma CPI, naquela época, e não deixei. Quatro anos sem nenhuma CPI, aqui. E não me arrependo disso, por que o Governador teve calma e tranquilidade para governar o Estado e nenhum factoide foi criado mais do que aquilo que tem que ser feito, na esfera judicial da apuração e da punição dos responsáveis, recuperação do dinheiro. Temos o estado democrático de direito, Poder Judiciário e… (É retirado o som.) SR. PRESIDENTE (Deputado Ademar Traiano – PSDB): Para concluir.

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Estou dizendo que tudo funciona no estado democrático de direito e quem quiser desfilar a sua beleza na passarela, sabe o que tem que fazer. Jogar para a plateia é fácil, agora… (É retirado o som.)

  1. PRESIDENTE (Deputado Ademar Traiano – PSDB): V.Ex.a foi um grande Líder do PMDB, com 48 Deputados na Base de Apoio, era uma tranquilidade, Deputado Romanelli, inclusive os cinco do PSDB. Ficamos quatro anos comungando numa boa aqui no Plenário, na maior harmonia, com os amigos do PSDB.

DEPUTADO LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSB): Mas V.Ex.a, o Deputado Valdir Rossoni, Marcelo Rangel, davam-me muito trabalho, tenho que reconhecer. O Elio Rusch, não.